terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Eu a vi pela primeira vez sentada em um bar qualquer de uma cidade como São Paulo. Era inverno, fazia um frio incomum para esses dias. Ela vestia um sobretudo por cima do vestido francês de seda negro que lhe marcava as curvas e dava-lhe um tom sensual. Antes de sentar-me, analiso o ambiante buscando o melhor lugar. O faço como ritual,  Caminho lentamente entre as cadeiras e as mesas e me vejo sentado em cada uma delas observando o que aquele lugar pode me proporcionar quanto a minha visão a partir dele. Em meio a esse ritual, minha visão a encontrou.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Sinto que não existo, e isso já faz um tempo, ainda que lute contra esse sentimento, não consigo sair das sombras. E quando não se pensa vivo, desejasse a morte.  A angústia e a tristeza sempre fizeram parte do que sou, ou talvez, devo dizer do que me tornaram, porque ainda não tenho certeza se sou o que fizeram de mim, ou se sou o que fiz com o que fizeram de mim. - Pensamento inutil esse meu. Sou o que não existe e ponto final.
 Sinto-me muitíssimo sozinha,  existe um distanciamento dilacerante entre mim e as pessoas que me rodeiam, não sei se por culpa minha ou delas, ou talvez, não existam culpados,  uma vez que  nunca existiu um elo verdadeiro entre nós, e é por isso que sinto que não tenho ninguém, que nunca existiu alguém. 

domingo, 28 de junho de 2015

domingo, 28 de setembro de 2014

Hoje é o dia do Tim !!!







28 de setembro nasceu Tim!!!! Quanta felicidades e tristezas ele cantou e nos encantou. Obrigada Tim. <3



Ps: Essa música vem marcando meus dias. É tão meu momento.

domingo, 10 de agosto de 2014


O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo. Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo. Me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga.   —  Fernando Abreu.

sábado, 9 de agosto de 2014


Quero ler-me em outras poesias. Em versos menos tristes. Em rimas que já não estejam mortas e prosas que não sejam íntima. Quero ler-me em poemas, que me vistam de desejos, me reguem de alegria e me deem o nome de amor...

sábado, 2 de agosto de 2014

Despedida.



Partiste há pouco, antes do primeiro raio de sol acordar o dia.
Ainda sinto o gosto de mar quente em minha boca.
A cama e cada parte do meu corpo permanece tomado pelo teu cheiro.
Uma forte angustia me toma nos braços desde do ultimo beijo, antes do bater da porta.
Agora, deitada sobre os lençóis meu corpo estremesse ainda sobre o efeito inebriante do teu gozo. As lagrimas ensaiam cair, mas ainda não é o momento. Me toco. percorro o mesmo caminho que fizeste ainda a pouco. me arrepia a alma. me incendeia o ventre. Evoco as juras que sussurras-tes ao meu pé de ouvido enquanto o gozo era teu, deslembro que jamais me olhaste nos olhos nesse momento.
Vem-me  a lembrança de todos os meus dias que foram teus, de todas as vezes que deixas-te o teu gosto úmido de mar em minha boca, em minha pela. Atino para o teu sorriso de sol que me iluminava, antes mesmo da tua chegada. do seu jeito de menino que ainda permanece, apesar da idade. do seu corpo cor de bronze céu, da delicadeza do toque das tuas mãos, do teu afago. dos lábios rijos de uma maciez que parece que estou a tocar uma fruta qualquer, mas cheia de mistério.
Essa noite acabei de decorar os sinais que ainda faltavam. Agora sei cada detalhe do teu corpo e o sinto ainda mais presente em minhas lembranças. As lágrimas agora me queima a face. Lembro-me da promessa que me fiz. Não posso mais ver-te. Não posso trair-me. Queria que tivesse ficado mais tempo. que o abraço tivesse sido mais longo. talvez se você soubesse que essa foi a ultima vez teria tentado ficar mais tempo. mas você nunca tem mais tempo pra mim e era só isso que eu queria. Bati a porta, não te disse nada, comi o silêncio, aproveitei cada instante, tornei-os eterno sem você saber que aqueles foram os nossos últimos instantes.

Por favor!



Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais

Não vou voltar atrás
Apague da cabeça, o meu nome, telefone, endereço
Não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos

Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me Dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: Conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por quê?

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Das necessidades





Preciso de uma alma que acalme a minha. Que seja sobretudo serena e calma, e sua aura seja tal qual o crepúsculo. Preciso de uma alma que beije-me as cicatrizes, na esperança de cura-las, só pela delicadeza do gesto... Preciso do acalento dessa alma no momento da urgência com que os buracos de mim tentam me devorar. Preciso principalmente que ela me envie a todo instante vibrações positivas, me desejando coisas doces. Que essa alma tenha o cheiro afável de alecrim, ou sândalo capaz de me inebriar os sentidos ... 


Wabi-sabi, que assim seja.

Imagem : Libertária Aqui