sábado, 25 de dezembro de 2010


"Ele vestiu-se de papai noel e caminhou dois quarteirões até a casa dela. Hesitou um momento, observava as luzes dos carros passarem enquanto as crianças acenavam, encantadas com o bom velhinho. Quando a rua ficou escura, ele deu três batidas de leve na sua porta e a moça abriu. Ela assustou-se. Ficou mais pálida do que já era. Não o reconheceu. Ele lhe entregou um saco vermelho e macio, esperou que ela abrisse. Ela sorriu, agradeceu e fechou a porta. Ele ficou ali parado, fracassado por não ter sido reconhecido, por seu esforço não ter dado certo. Ele só queria a moça de volta (...) A moça correu, sentou-se no chão, ao lado da árvore enfeitada com luzes, presentes e chocolate e abriu o saco. Dentro dele havia uma caixa e ao abrir a caixa ela se deparou com três plaquinhas brancas e algo escrito em negrito. Ela puxou a primeira placa e nela havia escrito: PERDÃO. Ela puxou a segunda e saiu: UMA NOITE QUE EU TE FIZ FELIZ. Ela puxou a terceira, com o coração a mil: ABRA A PORTA. Ela correu, deixando a caixa de lado e abriu a porta, ele continuava de pé, na mesma posição em que o deixara, esperando. Ela o abraçou e o beijou apaixonadamente. Ele chorou, por longos minutos e agradeceu. Ela o puxou para dentro e olhou para a mesa. Só havia um prato, um copo, um par de talheres. Ela correu até a cozinha e acrescentou mais um prato, mais um copo, mais um par de talheres. Esse natal ela não passaria sem ele e ele não passaria sozinho."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O sonho de toda palavra é sentir o que tenta explicar.