sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cinema



Porque, de repente, tudo o que eu tinha vivido (e acho também que a minha geração inteira) nesses anos todos de cinemania estava ali contado na vidinha de Cecilia. Que vai obsessivamente ao cinema para viver – viver o que a vida não dá, ou dá apenas em doses homeopáticas, simulacros. Qualquer pessoa viciada em cinema (como Cecilia e eu) sabe desse pequeno segredo, tão profundo quanto inconfessável:

vai-se ao cinema para viver o que a vida não dá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O sonho de toda palavra é sentir o que tenta explicar.