domingo, 18 de agosto de 2013

Da série: Eu por outrem.

A calmaria não existe no mar!


Enfeites de búzios; sorriso de púrpura; olhos de flor; assim era ela.
Sorrisos embriagados, ela deixou pra mim...
Não mais que isso!
Suas pernas sempre se encontravam, embrigadas pela nudez de sua vergonha.
Seus cabelos dançantes, sempre dançaram meu maracatu tristonho.
Tomasse meu banho de jurema, me deixasse sem alma.
Eu que tinha a força do cavaleiro de Aruanda...
Corro do som dos atabaques.
Nunca imaginei que ela, logo ela...
Tão sedutora, foi me deixando sem ar.
Seu olhar determinou...
Seu olhar penetrou minha alma.
Tão fatal como a embriaguez do amor.
Que louco fui, acreditei em alguém que cantava pro mar.



Aline Lima 

Um comentário:

O sonho de toda palavra é sentir o que tenta explicar.