quinta-feira, 31 de outubro de 2013

 
 
Alma
Calma
Ama
Clama
Por
Cama
Pelos
Beijos
Molhados
Sobre
Quem
Ama



              A alma que ama é a mesma que clama, calma, por cama, por beijo sobre quem ama.


Retrucou ela, rindo. - O amor não foi feito pra mim cara, nem pra você, nem pra ninguém. O amor foi feito pra nós. E nós de todas as maneiras o fazemos. O amor só existe por que existimos. coisa simples. Ninguém ama sozinho. Você está me compreendendo ?? perguntou-me. completando ainda, com a face extremamente corada, pude notar. - Acho que se trocasse-mos amor por nós não mudaria nada. O amor é apenas uma palavras que usamos pra dá nome á essa coisa de amarramos os nossos Nós a outros Nós. sei lá.penso que talvez seja isso. 


sexta-feira, 25 de outubro de 2013



E se perguntarem se ainda quero que venhas apesar de tudo ? 
O meu sorrisinho tímido de canto de boca responderá por mim.

Coleciono sorrisos, mas de todos guardados, 

o seu tem sido o quasar das minhas lembranças.






quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Apenas uma Crônica do dia-a-dia ...

Fazia um bom tempo que não entrava em um Pau Amarelo via cais. subo no ônibus, pago a passagem, escolho um lugar do lado de alguma pessoa menos estranha que eu, dessa vez eu pude escolher o lugar, culpa do horário, me aconchego na cadeira e começo a cantarolar a música que ouço, penso comigo: 'humm quanto bom gosto, que milagre alguém está escultando o Tom e o Vinicius, é pra glorificar de pé gente !!'' e continuo cantando, sempre olhando pros lados pra ver quem tá ouvindo aquelas músicas tão boas... 10 minutos depois ainda não havia encontrado quem estava ouvindo, comecei a perceber que as músicas vinham do alto, simmmmmmmmmmmm é isso que você pensou, sim !! era do sistema de som do ônibus de onde as músicas saiam!! e eu curtindo o momento continuava a cantarolar e até deixei de lado os meus queridos fones de ouvido... 20 minutos de viagem, adormeci com Ney aos meus ouvidos me falando que ainda é Cedo amor ... estava em um estado inebriante, mesmo adormecida ainda continuava a ouvir as músicas que tocavam ... ouvi assim as palavras de cazuza ecoar em meu pensamento me mandando sair da suposta vida de migalhas, de alguns homens que me tratam como um vento que passou ... '' Ouvi Chico na voz de Maria perguntando-me se Deus seria tão cruel aponto de criar todas as coisas só pra adora-lo , e criando ele nossos desejos, mostra-nos os vales onde jorram o leite e o mel, sendo esses vales apenas dele ... Desperto do estado em que me encontrava duas paradas antes do meu destino com o próprio Chico cantando aos meus ouvidos : ''Não se afobe, não Que nada é pra já ... '' e desço com ele ainda dizendo-me : ''O amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio... '' Desço rindo e a cantarolando Cartola ... ''Deixe-me ir Preciso andar, vou por aí a procurar ... rir prá não chorar...''

sábado, 19 de outubro de 2013



Mais Pessoa para as nossas Pessoas !!!!!!

Das coisas que me emociona: Fernando Pessoa.



Quero ignorado, e calmo 
Por ignorado, e próprio 
Por calmo, encher meus dias 
De não querer mais deles. 


Aos que a riqueza toca 
O ouro irrita a pele. 
Aos que a fama bafeja 
Embacia-se a vida. 

Aos que a felicidade 
É sol, virá a noite. 
Mas ao que nada espera 
Tudo que vem é grato. 

RICARDO REIS In Odes de Ricardo Reis. Fernando Pessoa, 1946

quarta-feira, 16 de outubro de 2013





Era dia, quase noite. o espetáculo começou. as cortinas se abriram, como se fosse a última vez. e talvez  fosse. As Trapezistas, sem medo, se atiravam do alto na certeza que alguém as segurariam. Via-se a domadora cheia de si, mantendo quase tudo sobe suas rédias. mas escapava-lhe o medo. As bailarinas, libertas, se davam a música; ao vento. voavam como se tivessem asas. O palhaço cheio de laços, cambaleava no seu próprio riso. e se ria. e se ria. quase de  alegria;  a contorcionista que  não contorcia apenas o corpo de forma magistral, contorcia o sorriso.  riso frouxo, dissimulando suas verdades. As luzes davam ao circo um tom mágico, que enchia a plateia de encantamento. O espetáculo prosseguia; a plateia as gargalhadas. riam. ecoando-se aos  montes embaixo daquela lona, as mais diversas gargalhadas. Via-se  uma quase felicidade por todos os lados. Foi quando no picadeiro, alguma coisa magicamente acontecia as fantasias e mascaras começaram a cair sobre o chão de Ilusão que ali se fazia. Não se via mais a alegria de outrora estampada na cara do palhaço, o que lhe engolia a face eram fundas cicatrizes de tristeza. As bailarinas caiaram do voo cego que  faziam, quebrando-lhes as pernas. Enquanto isso, as trapezistas sem ter quem as segurassem, saltavam no abismo sem volta. A medida em  que a domadora era engolida pelo seu próprio medo. por sua feroz angustia,  a contorcionista não conseguia si quer mover o músculo da face, deixando mostrar quem realmente era.... As luzes ainda continuavam a brilhar. mas agora de forma mais intensa. quase ofuscando qualquer alma que tentasse brilhar ... A plateia, não percebendo que eram eles próprios os protagonistas daquele espetáculo. Riam. um riso que quase beirava  a loucura. torcendo de maneira inconsciente que o circo pegasse fogo e  o espetáculo se findasse. Assim  elas jamais teriam que encarar  as varias obscuras faces dos seus próprios eu-s que o picadeiro revelava. Como o espelho que mostra não aquilo que se ver, mas aquilo que se tenta mascarar.



Ps: Sinto que falta alguma coisa. ainda penso em modifica-lo.... 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013







A urgência de escrever me revira por dentro. Paro. penso. repenso. tendo deixar rolar... nada. Ouço os gritos. os silêncios. consigo sentir o vazio. Faz bem um mês que não consigo escrever nada. me faz falta. estou fazendo uma coleção de frases intermináveis. alguma coisa me falta. reafirmo. Ainda não sei bem o que é. mas preciso descobrir o quanto antes. Talvez eu esteja apenas precisando voltar a ler meus romances. cafona. eu sei. mas me ameniza a existência. Embora, qualquer Ficção possa fazer o mesmo. Amanhã começo um novo livro; quem sabe não seja só isso que me falta. espero que seja. Não estou mais suportando a sensação de sentir-se vazia, estando cheia dessa urgência de colocar pra fora esse turbilhão de pensamentos que me revira por dentro.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sobre a vida




Atino
que a vida 
não carrega
o peso 
que a-damos. 
Vislumbro-a 
hoje,
apenas 
supondo 
que viver 
não
é outra 
coisa
sinão 
o ócio 
da 
vida