sexta-feira, 11 de julho de 2014

Caso perdido.



Eu sorria de mim para mim, assim pensando: logo ele que faz caso de mim.
Castigo! De todos os deuses, do destino, do acaso, dos astros ... Mas porque? Murmurando perguntava-se, dando-se explicações resmungava: Jamais enganei ou dissimulei amor. A quem seduzi, seduzi sem intenção de fazê-lo.  E porque logo a mim coube esse castigo?. Amanhã talvez ele venha. digo talvez, porque ainda não sei se lembrara de mim. Mas se caso lembrar, digo que não venha. Tudo que quero é querer não querer. mas quero. Atendeu o telefone, antes de qualquer palavra, sabia que era ele. sentiu a respiração. o coração batia descompensado minutos antes. - Chego ai em 10 minutos, desligou. Não deu tempo de dizer que não o-queria. Escovou os cabelos, se perfumou, trocou a roupa. Agora o espera. faz 1 hora desde do último contato. Ainda não cansou de esperar, retoca a maquiagem, checa o perfume e desamassa a roupa. o sono chega. o cansaço bate. lembra que não quer mais querer. diz pra si mesma que não vai mais esperar. deita-se ainda vestida. a campainha toca. pula da cama. se olha no espelho. sabe que ele. Abre a porta. o recebe querendo-o ainda mais que ontem. Semana que vem, quem sabe ele vem de novo e fica mais tempo. mas ainda sim, não quero que ele venha... era o que sorrindo sempre me dizia.


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O sonho de toda palavra é sentir o que tenta explicar.