terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Eu a vi pela primeira vez sentada em um bar qualquer de uma cidade como São Paulo. Era inverno, fazia um frio incomum para esses dias. Ela vestia um sobretudo por cima do vestido francês de seda negro que lhe marcava as curvas e dava-lhe um tom sensual. Antes de sentar-me, analiso o ambiante buscando o melhor lugar. O faço como ritual,  Caminho lentamente entre as cadeiras e as mesas e me vejo sentado em cada uma delas observando o que aquele lugar pode me proporcionar quanto a minha visão a partir dele. Em meio a esse ritual, minha visão a encontrou.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Sinto que não existo, e isso já faz um tempo, ainda que lute contra esse sentimento, não consigo sair das sombras. E quando não se pensa vivo, desejasse a morte.  A angústia e a tristeza sempre fizeram parte do que sou, ou talvez, devo dizer do que me tornaram, porque ainda não tenho certeza se sou o que fizeram de mim, ou se sou o que fiz com o que fizeram de mim. - Pensamento inutil esse meu. Sou o que não existe e ponto final.
 Sinto-me muitíssimo sozinha,  existe um distanciamento dilacerante entre mim e as pessoas que me rodeiam, não sei se por culpa minha ou delas, ou talvez, não existam culpados,  uma vez que  nunca existiu um elo verdadeiro entre nós, e é por isso que sinto que não tenho ninguém, que nunca existiu alguém.